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ISPN faz 33 anos: história e pioneirismo

Instituição é pioneira no cenário ecossocial do Brasil ao dar as mãos

para movimentos sociais e para ambientalistas

Motivos para celebrar não faltam: no dia 23 de abril, o ISPN completou 33 anos de história. Nesse período, já foram 52,7 milhões de dólares investidos em 896 projetos apoiados pelo  PPP-ECOS, a estratégia do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) para a promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais.

Somente no ano de 2022, organizações comunitárias receberam mais de 9 milhões de reais. “Sem dúvida, este é o maior valor já desembolsado em apenas um ano pelo ISPN para organizações comunitárias, microprojetos e beneficiários de bolsas estudantis. No ano passado, foram beneficiadas diretamente 8.479 pessoas e 4.025 famílias”, destaca o coordenador do programa Amazônia do Instituto, Rodrigo Noleto.

Para chegar nesses resultados, foi preciso seguir firme no lema equidade social e equilíbrio ambiental. Criado em 1990, o Instituto surgiu com apoio financeiro da Fundação MacArthur para conduzir pesquisas sobre uma sociedade que passava por fortes mudanças e para defender e estimular as políticas ambientais. Naquele período, o contexto político brasileiro era de retomada do modelo democrático, após a Ditadura Militar, e a pauta socioambiental havia tido grande importância na elaboração da Constituição Federal de 1988.

Um dos fundadores do ISPN, Donald Sawyer, norte-americano de nascimento mas brasileiro de coração, professor universitário aposentado, recorda que a escolha de manter a sede na capital federal ocorreu exatamente para acompanhar de perto esse movimento. “Fundamos uma organização não governamental para funcionar como centro de pesquisa e documentação em Brasília e estarmos perto do centro de tomada de decisões”, explica Don, como é conhecido.

PPP-ECOS

Em 1994, o ISPN foi selecionado para coordenar o Small Grants Programme (SGP) do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), no Brasil. O SGP atua em 125 países com implementação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Por aqui, ficou conhecido como Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), reconhecido internacionalmente como um programa de apoio a projetos comunitários. Hoje, o PPP-ECOS evoluiu e a sigla significa Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais.

Inicialmente voltado para pesquisas na Amazônia, o ISPN concentrou o escopo de trabalho no Cerrado como bioma de principal atuação após o aporte de recursos do GEF e a coordenação do PPP-ECOS. “O apoio do GEF para o PPP-ECOS nos firmou no Cerrado, esse importante e ameaçado hotspot global de biodiversidade”, conta Don.

Caatinga e Amazônia

Ao longo dos anos, o ISPN buscou outras fontes de financiamento e ampliou a atuação para a Amazônia e a Caatinga em 2013, passando de pesquisa e documentação para apoio a comunidades locais e contribuições para políticas públicas. O trabalho organizou-se em quatro programas: Amazônia, Cerrado e Caatinga, Maranhão e Povos Indígenas.

“A água, a biodiversidade e o clima nos ecossistemas brasileiros são interligados, além dos alimentos, da energia e da economia em geral, e dependem de meios de vida sustentáveis de povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares em paisagens amplas”, destaca Don.

Crescimento

O volume de projetos foi crescendo, bem como o de comunidades contempladas, o que demandou o crescimento institucional: nesse movimento, um novo escritório foi fundado em Santa Inês, no Maranhão, em 2013, para articular ações diretamente com povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia e no Cerrado. Atualmente, são 24 funcionários na sede maranhense.

Em Brasília, sempre localizado na Asa Norte, o instituto aumentou a equipe. Hoje, são 37 pessoas que desde janeiro trabalham em uma nova sede, recentemente reformada e com o dobro do tamanho.

Nova comunicação para novos tempos

Quando completou 30 anos, o Instituto ganhou uma nova logomarca, um desenho que integrou a cor verde das árvores da logo anterior ao marrom da terra. A logo atual revela a imagem de uma mulher na atividade de colheita de babaçu em um ecossistema conservado. Ela representa a agricultora familiar, indígena, pescadora, quilombola, quebradeira de coco e todas aquelas que lutam por uma vida sustentável, respeito ao meio ambiente, um futuro de justiça climática e equidade social para as próximas gerações.

Confira os depoimentos de quem contribui para essa história!

Acesse aqui os depoimentos completos.

 

Texto: Letícia Verdi e Dominik Giusti/Assessoria de Comunicação ISPN

Foto de capa: Acervo ISPN/Camila Araújo. Visita técnica do ISPN a um dos projetos apoiados pelo PPP-ECOS

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