Qualificar as organizações para realizar uma melhor comunicação visual e narrativa de seus alimentos e produtos, buscando assim melhorar sua comunicação e gerar uma maior proximidade entre produtores rurais e consumidores finais. Este foi objetivo da Oficina sobre Estratégias de Comunicação para Produtos Artesanais, Comunitários e Familiares”, realizada pelo ISPN no início de julho na cidade de Carolina – MA, em parceria com o Slow Food Brasil. Foram 34 pessoas, entre agricultores e técnicos, de diferentes organizações e territórios – beneficiados pelo Fundo do PPP-ECOS do ISPN, que participaram do momento formativo. Entre a produção desenvolvida pelos participantes em suas comunidades estão mel, farinha, derivados do babaçu, polpas de fruta e hortaliças.
“Esses momentos de construção de saberes e conhecimentos é um dos ganhos que temos com a estratégia PPP-ECOS. Essas trocas por meio de encontros e intercâmbios agregam ao apoio que damos aos projetos e são parte fundamental do fortalecimento das iniciativas comunitárias. A gestão do conhecimento é peça chave no apoio a projetos ecossociais”, comenta a assessora técnica do ISPN, Juliana Napolitano.
Partindo da ideia de que a qualidade de um produto alimentar começa na sua origem, a partir do cultivo, da produção e do território, é que se constrói narrativas e estratégias de comunicação para os produtos, desde sua comercialização até a chegada ao consumidor, com envolvimento e participação dos produtores em todas as etapas. Neste sentido, é importante qualificar a comunicação dos alimentos que comercializam, por meio da combinação entre elementos visuais e narrativos, agregando valor simbólico, afetivo e alimentar aos produtos.
“Formações como essas nos mostram a importância em se investir nas narrativas produtivas de agricultores e agricultoras familiares e povos tradicionais. Nos seus quintais surgem formas de produção que encantam e comprovam que o alimento que vem dessa terra é rico não só de nutrientes, mas de histórias. É preciso que esses grupos consigam cada vez mais comunicar e divulgar suas produções. Isso é essencial para democratizar o acesso a esses alimentos saudáveis, ao mesmo tempo que se gera mais renda em seus territórios”, comenta Napolitano.
A Oficina aconteceu dentro da estratégia PPP-ECOS, e recebeu apoio financeiro do Fundo Amazônia. O Slow Food Brasil ministrou