Da esquerda para a direita, Sérgio Sauer, Ricardo Trujillo, Guadalupe Sátiro e Juliana Miranda, do Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba; Carlos Gondin, consultor jurídico do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Rose Rodrigues, diretora de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; e Patrcia Silva, do ISPN e do Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba

Da esquerda para a direita, Sérgio Sauer, Ricardo Trujillo, Guadalupe Sátiro e Juliana Miranda, do Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba; Carlos Gondin, consultor jurídico do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Rose Rodrigues, diretora de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; e Patrcia Silva, do ISPN e do Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba

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Cerrado é tema em conferência global sobre apropriação de terras

Pesquisadores apresentaram dados e reflexões sobre grilagem de terras e regularização ambiental no segundo maior bioma brasileiro, desconhecido do público internacional 

Para mostrar que o Brasil não é só Amazônia, o bioma Cerrado esteve presente na Conferência Global sobre Apropriação de Terras de Bogotá 2024, a International Conference on Global Land Grabbing, em inglês, organizada pela Land Deal Politics Initiative. Trata-se de um fórum internacional e interdisciplinar onde pessoas de movimentos sociais, organizações camponesas, academia e entidades estatais e não governamentais apresentam estudos e debatem problemas da apropriação e concentração de terras no mundo. 

A advogada, mestra em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural e assessora de Políticas Públicas do ISPN, Patrícia Silva, e o professor doutor da Universidade de Brasília (UnB), Sérgio Sauer, levaram informações, dados e reflexões sobre a grilagem de terras no bioma Cerrado, especialmente na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), fronteira do agronegócio, com as maiores taxas de desmatamento.

O artigo “Regularização ambiental e apropriação verde na fronteira agrícola do Cerrado brasileiro”, apresentado pelos pequisadores, sugere que há necessidade de rever e fortalecer os mecanismos regulatórios e o controle ambiental para prevenir a apropriação ilegal de terras e garantir proteção adequada ao meio ambiente. Confira a íntegra aqui

De acordo com Patrícia Silva, é necessário que os temas da apropriação da terra e do desmatamento no Cerrado brasileiro sejam levados para fóruns de debates internacionais, pois o bioma é pouco conhecido e marginalizado frente ao destaque dado à Amazônia no cenário internacional.

“É no Cerrado, especialmente na região de expansão da fronteira agrícola conhecida como Matopiba, que está concentrada a produção de commodities, mas também a grilagem e as mais altas taxas de desmatamento no bioma”, explica a assessora de Políticas Públicas do ISPN e membro do Observatório de Conflitos Socioambientais do Matopiba, Patrícia Silva. 

Durante o evento, que durou três dias (19 a 21 de março), foram apresentados também outros trabalhos com foco no Cerrado brasileiro: “Questão ecoagrária: mudanças climáticas, terras e grilagem verde no Cerrado brasileiro (fronteira agrícola)”, de Sérgio Sauer; e “Fronteira agrícola, ‘agroestratégias’ e ameaças sobre as áreas protegidas e territórios quilombolas no Cerrado Brasileiro: o caso do Parque Nacional das Cabeças do Rio Parnaíba”, de Karla Oliveira, University of Calgary, Canadá.

Leia a íntegra do artigo “Regularização ambiental e apropriação verde na fronteira agrícola do Cerrado brasileiro”, de Silva e Sauer, aqui.

Texto Letícia Verdi / Assessoria de Comunicação do ISPN

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