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As Menire: força e sonho indígena

As menire usam tinta de jenipapo para pinturas corporais.

Da beira do rio Xingu, entre o Cerrado e a Amazônia, ao norte do Mato Grosso, vem a força e o canto das Menire, mulheres do povo indígena Kayapó. Deste território, ecoam suas belezas e seus sonhos. As Menire são conhecidas pelas belas artes de seus padrões gráficos, traçados pela tinta do jenipapo e pela habilidade com as miçangas. Elas sonham em tornar o Cumaru, a bela e cheirosa semente negra, coletada no entorno de suas aldeias e usada como remédio tradicional, em uma nova alternativa para geração de renda. Com essa atividade, elas ainda terão mais uma forma de proteger e conservar a floresta da Terra Indígena Capoto Jarina, ameaçada pelo avanço do desmatamento, agronegócio e de grandes empreendimentos.

Esta história resultou no Projeto Menire – a força das mulheres Mebengokre vem da Floresta, do Instituto Raoni – IR , que pretende fortalecer e aperfeiçoar a cadeia produtiva do Cumaru. É com ele que as mulheres aspiram estabelecer seu protagonismo na coleta e no beneficiamento da semente, com alto valor no mercado, se enxergarem com mais autonomia econômica e melhorarem a qualidade de vida de suas famílias e aldeias.

Cumaru: a bela semente negra.

O extrativismo e o manejo do cumaru também continuarão colaborando para o uso sustentável da biodiversidade, enriquecendo pomares associados ao seu plantio e ainda fortalecendo a vigilância dos territórios. E para que a iniciativa se perpetue para as futuras gerações, vem sendo pensado a criação do Fundo Menire, que poderá trazer sustentabilidade às atividades.

O Projeto Menire – a força das Mulheres Mebengokre vem da Floresta recebe apoio do nosso Fundo Independente para a promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS), com financiamento do Fundo Amazônia.

Saiba mais sobre o PPP-ECOS. 
Terra Indígena Capoto Jarina.
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