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Publicação aponta caminhos para educação ambiental

Objetivo é contribuir com uma agenda nas escolas que conserve biomas

O Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) lança a publicação “Educação para a conservação do Cerrado: Desafios e oportunidades para os produtos da sociobiodiversidade”. O material aponta que, no Cerrado, existem 56 Centros Educativos Familiares de Formação por Alternância (Ceffas) com potencial de atualização curricular na abordagem de paisagens sustentáveis. A agroecologia está presente nos Planos de Formação e Projetos Políticos Pedagógicos em 78% dessas escolas. A pesquisa foi realizada pela Tecnóloga em Agroecologia Marccella Baerte.

A publicação é produto do projeto Cerrado Resiliente (CERES), em parceria com o WWF (Brasil, Paraguai e Holanda), com apoio da União Europeia, e pode ser conferida na íntegra aqui. O lançamento também foi tema do podcast Canto da Coruja Comunidade, disponível para audição aqui.

Em entrevista ao programa sonoro, Isabel Figueiredo, coordenadora do Programa Cerrado e Caatinga do ISPN, destaca que o documento evidencia que as Escolas Família Agrícola são um espaço de enorme potencial para trabalhar as questões do Cerrado.

“São lá que estão os estudantes que vivem no Cerrado, que são filhos de agricultores e agricultoras, que pertencem a comunidades tradicionais. Essas escolas ainda não atingiram seu pleno potencial para discutir o tema do Cerrado e suas diversas possibilidades de geração de renda, trabalho e oportunidades para a juventude”, aponta. “Ainda há muito espaço para trabalhar. As EFAS são porta de entrada de educação ambiental, sensibilização, de ampliação do número de extrativistas. São elas que vão fazer nosso sonho de conservação por meio do uso sustentável uma realidade”, comenta.

Marleide Alves, da Coordenação da União das Associações das Escolas Famílias Agrícolas do Maranhão, ressalta a importância da pedagogia especial desses espaços. “Nós trabalhamos com a pedagogia da alternância, onde trabalhamos tempo-escola e tempo-comunidade. Trabalhamos com todas as disciplinas do núcleo comum e também as disciplinas diversificadas, assim atuamos para formação integral dos nossos estudantes”, explica.

A pedagogia por alternância é uma proposta pedagógica, que organiza a formação em espaços e tempos diferenciados, alternando entre atividades dentro dos centros educativos e fora da escola, ou seja, no meio socioprofissional do jovem (a propriedade da família ou sua comunidade, assentamento, quilombo, aldeia indígena ou mesmo outras áreas protegidas ou ameaçadas com a chegada do agronegócio).

São muitas as experiências de jovens estudantes que, em contexto de alternância entre a escola e a comunidade, servem de fonte de informação sobre melhores práticas agrícolas para a sua família e agricultores locais (saiba mais).

Confira a publicação na íntegra aqui.

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